Fonte: FARHERR (2020)
Tema do encontro: Ciência, conhecimento científico e pesquisa
Atividades desenvolvidas:
- síncrona: discussão e reflexão sobre paradigmas da pesquisa em educação.
- assíncrona: leitura dos textos bases, elaboração do diário da disciplina e enviar tema e problema da pesquisa.
Plataformas utilizadas: Google Meet (encontro), youtube e AVA IFPR (elaboração de Wiki),
Anotações das leituras durante a semana e durante o encontro
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PARADIGMA
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POSITIVISTA
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INTERPRETATIVO
OU QUALITATIVO
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SÓCIO-CRÍTICO
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a natureza da realidade é única, fragmentada,
tangível e simplificadora
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a realidade é múltipla, intangível e holística
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a realidade é dinâmica, evolutiva e interativa.
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processo de investigação está livre de valores em
que o investigador pode assumir uma posição neutra.
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os valores do investigador exercem influência no
processo.
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a ideologia e os valores determinam qualquer tipo de
conhecimento.
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muitos autores partilham a impossibilidade e incapacidade
deste paradigma para resolver os problemas educativos.
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Surgiu então o paradigma qualitativo ou interpretativo
que “pretende substituir as noções científicas da explicação, previsão e
controlo do paradigma positivista pela compreensão, significado e ação”, penetrando
no mundo pessoal dos sujeitos em determinado contexto social.
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engloba várias tendências (neo-marxista, feminista,
freiriano, participatório, transformista) que consideram que o paradigma
interpretativo mudou as regras do jogo mas não a natureza do mesmo
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Problema da investigação
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os problemas surgem das teorias, os conhecimentos são
difundidos através da bibliografia científica.
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o objeto do problema é conhecer uma situação e compreendê-la
através da visão dos sujeitos (percepções e sensações)
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os problemas partem de situações reais e têm por objetivo
transformar essa realidade vivenciada, partem da ação.
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Desenho da investigação
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estruturado, existe um projeto inicial onde se
especificam as tarefas a realizar.
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aberto, flexível e emergente, é através da observação da
análise dos dados que surgem os dados necessários para a investigação.
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dialético, vai-se gerando através do diálogo e consenso
no grupo de investigação.
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Amostra
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utilizam-se procedimentos estatísticos, a generalização
dos resultados faz-se a partir de uma amostra representativa da
população.
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não está previamente determinada, vai-se ajustando ao
tipo e à quantidade de informação que se precisa em cada momento. Geralmente
usam-se amostras pequenas e estatisticamente não representativas.
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os interesses e necessidades dos sujeitos determinam
os grupos de investigação, a maior preocupação não é a generalização dos
resultados.
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Técnicas de recolha de dados
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instrumentos válidos e fiáveis.
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técnicas qualitativas.
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apesar de utilizar procedimentos qualitativos e
quantitativos, existe uma maior preocupação nos aspectos qualitativos e na
comunicação pessoal.
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Análise de recolha de dados
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técnicas estatísticas
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a análise e interpretação de dados ocupa uma posição
intermédia no processo de investigação. Pretende-se delimitar o problema,
avançar hipóteses e determinar conclusões.
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participação do grupo de investigação na análise e
interpretação de dados que se realiza através da discussão e pesquisa. Na
interpretação dos dados relacionam-se fatores pessoais, sociais, históricos e
políticos.
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Análise e interpretação de dados
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validade interna e externa, fiabilidade e objetividade.
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não existe unanimidade acerca destas questões. Enquanto
alguns autores defendem a necessidade de usar critérios científicos de
validade e fiabilidade, outros propõe critérios qualitativos (credibilidade,
transferabilidade, dependência e confirmabilidade). Contudo todos os autores
concordam em utilizar técnicas próprias de validação: triangulação,
observação sistemática, etc.
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para que um pressuposto seja válido deve haver o acordo
dos outros - validade consensual. A validade recai sobre a ação.
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Conclusão
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Sintetizando podemos referir que o modelo sócio-crítico
tem semelhanças com o qualitativo, no entanto, a ideologia e os valores
determinam o tipo de conhecimento atribuindo-lhe um cariz(cara) mais
interventivo. Os fenómenos são analisados do ponto de vista técnico e prático
(ação), o que tem dado origem a vários trabalhos de investigação na área da
educação. Estes estudos agrupam-se em torno da designação geral de
“Investigação-Ação”.
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As pesquisas podem ser classificadas de diversos
modos, sintetiza essa classificação,
apontando quatro tipos:
1. Quanto à natureza: define se a pesquisa será
sem (básica1
) ou com aplicação imediata (aplicada);
2. Quanto aos objetivos: a pesquisa pode ser exploratória (obter mais informações sobre o assunto
investigado), descritiva (registra e descreve os
fatos observados sem interferir neles) ou explicativa (explica as causas, valendo-se do registro, da análise, da classificação e interpretação
dos fenômenos observados);
3. Quanto à abordagem: será tratada de modo
qualitativo ou quantitativo;
4. Quanto aos procedimentos: documental, bibliográfica, experimental, levantamento (survey), pesquisa de campo, etnografia, estudo
de caso, pesquisa-ação, pesquisa participante,
pesquisa ex-post-facto.
"A pesquisa
necessita de rigor e organização se pretende sair do
senso comum, da simples captação de informações,
e se tornar conhecimento científico."
Por onde começar a pesquisa?
Construção de um conjunto de passos que permitam obter informações para responder à pergunta.
Reflexões:
Como ter objetividade e imparcialidade lidando com os seres humanos?
Se o pesquisador é parte inseparável da pesquisa, então como ter uma neutralidade absoluta, visto que ele já tem uma bagagem de conhecimentos?
REFERÊNCIAS:
FARHERR, Jaime. A Objetividade em ciência, os paradigmas e a racionalidade científica. 12 maio 2020. (2:59 min.) Disponível em: https://youtu.be/VvUn2GGQmR4. Acesso em: 20 abr. 202.
MENDONÇA, Priscilla Bibiano de Oliveira. A metodologia científica em pesquisas: pensar e fazer ciência. Interfaces Científicas. V. 5. nº. 3. p. 87-96. jun - 2017. disponível em: https://periodicos.set.edu.br/educacao/article/view/4020. Acesso em: 17 abr. 2021.
MORAES, Naires de Cassia Nunes; SILVA, Ione Brum da; ZARZICKI, Danieli Melo; CHAVES, Taniamara Vizzotto; BRANCHER, Vantoir
Roberto. A pesquisa qualitativa e
formação do pesquisador: elementos para um paradigma dialógico. In: BRANCHER, Vantoir Roberto; CARTRLE, Lisiane Darlene; MACHADO, Fernanda de Camargo. (Org.) Metodologias(a) da pesquisa em educação profissional e tecnológica: dilemas e provocações contemporâneas.
Perspectiva sócio-crítica. Blog Eportifólio. 20 fev. 2007. Disponível em: https://liveeducation.wordpress.com/2007/02/20/perspectiva-socio-critica/. Acesso em: 17 abr. 2021.