segunda-feira, 3 de maio de 2021

Encontro 27/04/21

 

Fonte: a autora (2021)

Tema do encontro: métodos, metodologias e procedimentos metodológicos

Atividades desenvolvidas:

  • assíncrona: leitura dos textos bases, elaboração do tema e problema da pesquisa. 

Plataformas utilizadas:  AVA IFPR (fórum),


Anotações das leituras durante a semana e durante 

Essa última semana de abril foi reservada para pensar no tema e problema de pesquisa. Após escolher o tema segue o rascunho de planejamento de muitos que serão realizados.

✎Tarefa:
📅Fazer um calendário com cronograma para as atividades do projeto contendo:
     Revisão de literatura.
     Objetivos.
     Fundamentação teórica.
     Metodologia.
     Produto Educacional.
     Envio do Projeto ao Comitê.


Como vou falar sobre produto educacional fiz algumas pesquisas, tenho que começar pelos seguintes textos:

- Sobre o Mestrado Profissional 
   - Portaria CAPES nº 14 de 17/10/1995
   - Reconhecimento dos mestrados profissionais Portaria MEC nº 80 de 16/12/1998
   - Criação da área de ensino Portaria CAPES nº 83 de 06/06/2011
   - CAPES documento área Ensino
   - Criação do ProfEPT Resolução nº 161/2016 de 16/09/16
   - Regulamentos do ProEPT

- Levantamento dos produtos educacionais no site do IFPR

 

 💬💬💬
Ensinar exige pesquisa.
Não há ensino sem pesquisa e pesquisa sem ensino.
Paulo Freire (Pedagogia da Autonomia)




segunda-feira, 26 de abril de 2021

Encontro 20/04


                                                Fonte: FARHERR (2020)


Tema do encontro: Ciência, conhecimento científico e pesquisa 

Atividades desenvolvidas:

  • síncrona: discussão e reflexão sobre paradigmas da pesquisa em educação.
  • assíncrona: leitura dos textos bases, elaboração do diário da disciplina e enviar tema e problema da pesquisa. 

Plataformas utilizadas:  Google Meet (encontro), youtube e AVA IFPR (elaboração de Wiki),

Anotações das leituras durante a semana e durante o encontro 

 

PARADIGMA

 

POSITIVISTA

INTERPRETATIVO OU QUALITATIVO

SÓCIO-CRÍTICO

 

a natureza da realidade é única, fragmentada, tangível e simplificadora

a realidade é múltipla, intangível e holística

a realidade é dinâmica, evolutiva e interativa.

 

processo de investigação está livre de valores em que o investigador pode assumir uma posição neutra.

os valores do investigador exercem influência no processo.

a ideologia e os valores determinam qualquer tipo de conhecimento.

 

muitos autores partilham a impossibilidade e incapacidade deste paradigma para resolver os problemas educativos.

Surgiu então o paradigma qualitativo ou interpretativo que “pretende substituir as noções científicas da explicação, previsão e controlo do paradigma positivista pela compreensão, significado e ação”, penetrando no mundo pessoal dos sujeitos em determinado contexto social.

engloba várias tendências (neo-marxista, feminista, freiriano, participatório, transformista) que consideram que o paradigma interpretativo mudou as regras do jogo mas não a natureza do mesmo

Problema da investigação

os problemas surgem das teorias, os conhecimentos são difundidos através da bibliografia científica.

o objeto do problema é conhecer uma situação e compreendê-la através da visão dos sujeitos (percepções e sensações)

os problemas partem de situações reais e têm por objetivo transformar essa realidade vivenciada, partem da ação.

Desenho da investigação

estruturado, existe um projeto inicial onde se especificam as tarefas a realizar.

aberto, flexível e emergente, é através da observação da análise dos dados que surgem os dados necessários para a investigação.

dialético, vai-se gerando através do diálogo e consenso no grupo de investigação.

Amostra

utilizam-se procedimentos estatísticos, a generalização dos resultados faz-se a partir de uma amostra representativa da população.

não está previamente determinada, vai-se ajustando ao tipo e à quantidade de informação que se precisa em cada momento. Geralmente usam-se amostras pequenas e estatisticamente não representativas.

os interesses e necessidades dos sujeitos determinam os grupos de investigação, a maior preocupação não é a generalização dos resultados.

Técnicas de recolha de dados

instrumentos válidos e fiáveis.

técnicas qualitativas.

apesar de utilizar procedimentos qualitativos e quantitativos, existe uma maior preocupação nos aspectos qualitativos e na comunicação pessoal.

Análise de recolha de dados

técnicas estatísticas

a análise e interpretação de dados ocupa uma posição intermédia no processo de investigação. Pretende-se delimitar o problema, avançar hipóteses e determinar conclusões.

participação do grupo de investigação na análise e interpretação de dados que se realiza através da discussão e pesquisa. Na interpretação dos dados relacionam-se fatores pessoais, sociais, históricos e políticos.

Análise e interpretação de dados

validade interna e externa, fiabilidade e objetividade.

não existe unanimidade acerca destas questões. Enquanto alguns autores defendem a necessidade de usar critérios científicos de validade e fiabilidade, outros propõe critérios qualitativos (credibilidade, transferabilidade, dependência e confirmabilidade). Contudo todos os autores concordam em utilizar técnicas próprias de validação: triangulação, observação sistemática, etc.

para que um pressuposto seja válido deve haver o acordo dos outros - validade consensual. A validade recai sobre a ação.

Conclusão

Sintetizando podemos referir que o modelo sócio-crítico tem semelhanças com o qualitativo, no entanto, a ideologia e os valores determinam o tipo de conhecimento atribuindo-lhe um cariz(cara) mais interventivo. Os fenómenos são analisados do ponto de vista técnico e prático (ação), o que tem dado origem a vários trabalhos de investigação na área da educação. Estes estudos agrupam-se em torno da designação geral de “Investigação-Ação”.


As pesquisas podem ser classificadas de diversos modos, sintetiza essa classificação, apontando quatro tipos: 

1. Quanto à natureza: define se a pesquisa será sem (básica1 ) ou com aplicação imediata (aplicada);
2. Quanto aos objetivos: a pesquisa pode ser exploratória (obter mais informações sobre o assunto investigado), descritiva (registra e descreve os fatos observados sem interferir neles) ou explicativa (explica as causas, valendo-se do registro, da análise, da classificação e interpretação dos fenômenos observados);
3. Quanto à abordagem: será tratada de modo qualitativo ou quantitativo;
4. Quanto aos procedimentos: documental, bibliográfica, experimental, levantamento (survey), pesquisa de campo, etnografia, estudo de caso, pesquisa-ação, pesquisa participante, pesquisa ex-post-facto.

"A pesquisa necessita de rigor e organização se pretende sair do senso comum, da simples captação de informações, e se tornar conhecimento científico."


Por onde começar a pesquisa?

Construção de um conjunto de passos que permitam obter informações para responder à pergunta.












Reflexões: 

Como ter objetividade e imparcialidade lidando com os seres humanos?

Se o pesquisador é parte inseparável da pesquisa, então como ter uma neutralidade absoluta, visto que ele já tem uma bagagem de conhecimentos?


REFERÊNCIAS:

FARHERR, Jaime. A Objetividade em ciência, os paradigmas e a racionalidade científica. 12 maio 2020. (2:59 min.) Disponível em: https://youtu.be/VvUn2GGQmR4. Acesso em: 20 abr. 202. 

MENDONÇA, Priscilla Bibiano de Oliveira. A metodologia científica em pesquisas: pensar e fazer ciência. Interfaces Científicas. V. 5. nº. 3. p. 87-96. jun - 2017. disponível em: https://periodicos.set.edu.br/educacao/article/view/4020. Acesso em: 17 abr. 2021.   

MORAES, Naires de Cassia Nunes; SILVA, Ione Brum da; ZARZICKI, Danieli Melo; CHAVES, Taniamara Vizzotto; BRANCHER, Vantoir Roberto. A pesquisa qualitativa e formação do pesquisador: elementos para um paradigma dialógico. In: BRANCHER, Vantoir Roberto; CARTRLE, Lisiane Darlene; MACHADO, Fernanda de Camargo. (Org.) Metodologias(a) da pesquisa em educação profissional e tecnológica: dilemas e provocações contemporâneas.

Perspectiva sócio-crítica. Blog Eportifólio. 20 fev. 2007. Disponível em: https://liveeducation.wordpress.com/2007/02/20/perspectiva-socio-critica/. Acesso em: 17 abr. 2021.



sexta-feira, 16 de abril de 2021

Encontro - 13/04


Nuvem de palavras elaborada no final da aula resumindo o aprendizado

Fonte: elaborada pela turma ProfEPT (2020)


Tema do encontro: Ciência, conhecimento científico e pesquisa 

Atividades desenvolvidas:

  • síncrona: apresentação da disciplina, discussão e reflexão sobre paradigmas da pesquisa em educação.
  • assíncrona: leitura dos textos bases e elaboração do diário da disciplina - caso recorde algo interessante sobre o tema inserir no AVA - Grupo 3 (Denise, Geciélen, Josi, Luis Cláudio e Gilson).

Plataformas utilizadas:  Google Meet (encontro), Padlet (informação sobre linha de pesquisa), Pollev (elaboração de nuvem de palavras); AVA IFPR (elaboração de Wiki),

Anotações durante o encontro 

  • Apresentação das linhas de Pesquisas:
    • Linha de Pesquisa 1 - Práticas Educativas em EPT  
      1. Propostas metodológicas e recursos didáticos em espaços formais e não formais de ensino na EPT. 
      2. Inclusão e diversidade em espaços formais e não formais de ensino na EPT. 
      3. Práticas Educativas no Currículo Integrado. (Será que temos um currículo integrado?)
    • Linha de Pesquisa 2 - Organização e Memórias de Espaços Pedagógicos na EPT
      1. História e memórias no contexto da EPT.  (memórias podem ser objetivas ou subjetivas)
      2. Organização do currículo integrado na EPT. 
      3. Organização de espaços pedagógicos na EPT. 
  • Discussão e reflexão sobre os dois textos paradigmas e práxis:
    • O paradigma é definido pela identidade de uma comunidade cientifica - para a pesquisa é importante conhecer os paradigmas pois a teoria necessita conversar com a metodologia. O paradigma ajuda a selecionar a pesquisa e a base teórica (ontologia - epistemologia). A partir que conheço o meu paradigma consigo selecionar minhas metodologias.  
    • Os paradigmas da pesquisa brasileira em educação são: Positivismo (sujeito e objeto são estudados separadamente); Fenomenologia (desprezo do conhecimento prévio, só olha para o agora); Marxismo (nada pode ser desprezado); Estruturalismo ou funcionalismo (ênfase só na estrutura - ignora a parte subjetiva) e teoria da complexidade (a teoria não está pronta - não diz como?). 
    • A Pesquisa na EPT busca articular a teoria com a prática como podemos observar no Art. 1 § 2º "A educação escolar deverá vincular-se ao mundo do trabalho e à prática social." Art. 3 XI "vinculação entre a educação escolar, o trabalho e as práticas sociais". Assim o paradigma está representado no materialismo histórico dialético - concepção histórica critica. "O materialismo histórico dialético em educação propõe mecanismos de interferência e mudança na sociedade." Práxis: "unidade indissolúvel entre pensamento e ação". Não pode confundir práxis com prática. A teoria (ex. Positivismo) não muda o que muda são as metodologias. A teoria não muda o mundo - o ser social que é modificado.

  • Reflexões da equipe 3 e inseridas na wiki
    • No início a percepção do paradigma é o conhecimento da palavra
    • A comunidade e/ou grupos formados - comunidade cientifica - compartilha de uma mesma teoria.
    • A teoria não modifica o mundo – o ser social que é modificado, ou seja, não podemos mudar o paradigma positivista, apenas a sua metodologia.
    • Normativas por um determinado ponto – sobre um ponto de vista de cada comunidade.
    • Teoria Kuhniana – 3 ciclos de paradigmas – 3 movimentos progressivos e distintos
      • Pré-paradigma intuição dos novos objetos de pesquisa
      • Fase paradigmática – consenso entre cientistas
      • Pós paradigmática – momento da crise – revolução – quando os métodos são questionados.
      • A última fase – maturação – o que vai dar consistência desse novo paradigma é dito como ciência normal.
    • Pesquisa Educacional brasileira passou por várias fases
      • Anos 40 égide do Positivismo
      • Anos 70 matriz Fenomenológica
      • Após Marxismo
      • Anos 90 Estruturalismo e/ou Funcionalismo
      • No final da década surge uma nova perspectiva epistemológica – Teorias da Complexidade que ainda não se consolidou como paradigma. 

REFERÊNCIAS:

ALTMICKS, Alfons Heinrich. Principais paradigmas da pesquisa em Educação realizada no Brasil. Revista Contrapontos, Itajaí,­  v. 14, n. 2, p. 384-397, 2014. Disponível em: https://siaiap32.univali.br/seer/index.php/rc/article/view/4654. 

SILVA, Pollyana Luz Macedo da; GOMES, Jenifer Mascarenhas Santos. Para uma práxis dialética: análises teórico-práticas: análises teórico-práticas. In: XVI ENCONTRO NACIONAL DE PESQUISADORES EM SERVIÇO SOCIAL, 2018, Vitória. Anais...Vitória: UFES, 2018. Disponível em: https://www.periodicos.ufes.br/abepss/article/view/22972.